O Ar é composto por gases nobres como oxigênio e o nitrogênio, incluindo também o vapor de água que é responsável por oferecer um Ar mais leve e saudável para se respirar, porém em ambientes climatizados os fatores que interferem na qualidade do Ar interior tendem a ser diferente dos externos. Em ambientes climatizados os microrganismos são os principais vilões contra a qualidade do Ar, exigindo constante atenção quanto ao processo de renovação do ar e realização da manutenção periódica. Para locais de uso público e coletivo é necessário solicitar a Análise Microbiológica do Ar para detectar não só a presença de microrganismos, como também avaliar a qualidade do Ar interior como um todo.
Os microrganismos são seres vivos patogênicos de medidas microscópicas, seus tipos mais populares em ambientes climatizados são os vírus, bactérias e fungos, os principais responsáveis por doenças respiratórias tais como a pneumonia, asma, bronquite entre outras.
Microrganismos como vírus e bactérias chegam em ambientes climatizados tanto pelo ar externo como também através do corpo humano, seu principal hospedeiro onde são expelidas através de tosses e espirros. Já os fungos se desenvolvem em locais com altos níveis de umidade e temperatura ambiente e sua presença em locais fechados colocam nossa saúde em risco pois os mesmos produzem alérgenos, substâncias responsáveis por reações alérgicas no nosso organismo.
A Resolução RE 09 ANVISA é rígida quanto a presença de fungos em ambientes climatizados, esta lei determina que o Valor Máximo Recomendável de contaminação microbiológica deve estar entre 750 ufc/m3 de fungos, para a relação I/E < 1,5, onde I é a quantidade de fungos no ambiente interior e E é a quantidade de fungos no ambiente exterior. Ocasiões onde os valores excedam o limite de 1,5 a Resolução RE 09 ANVISA implica que deve ser realizado o controle de possíveis pontos de vazamento de água como paredes com infiltração ou demais focos de vazamento.
Os equipamentos de ar condicionado também são locais propícios para o desenvolvimento de fungos devido suas condições de umidade e temperatura e deve-se realizar de forma periódica a limpeza do equipamento de forma a evitar o desenvolvimento e propagação destes microrganismos.
Ainda dentro da Resolução RE 09 recomenda-se a substituição de vasos de plantas de cultivo em terra pelos de cultivo em água (hidroponia) além de utilizar filtros de ar G-1 pois o mesmo torna mais eficiente o processo de renovação do ar não retendo fungos e outros microrganismos no ar de um ambiente climatizado.
A ABNT indica que filtros de classe F3 são razoavelmente eficientes no combate de alguns microrganismos e outros agentes poluentes do ar interior como fumaças de óleo e tabaco, bactérias e fungos microscópicos. Locais com altos riscos de contaminação como hospitais, salas de cirurgia, cabinas estéreis e ambientes correlatos, recomenda-se a utilização de filtros de classe A3 que possuem a capacidade de reter poeira atmosférica, fumaças de óleo e tabaco e os principais microrganismos como bactérias, fungos microscópicos e vírus.