Como evitar doenças causadas por fungos em ambientes climatizados

Estudos mais avançados, mostram que a proliferação de fungos em ambientes climatizados, podem desencadear possíveis doenças, com isso passou a exigir uma atenção especial com o controle destes microrganismos. Doenças causadas por fungos são bastante comuns em ambientes climatizados, onde a renovação do ar e a manutenção dos equipamentos não é feita de maneira adequada.

A Resolução 09 da ANVISA possui padrões bastante rígidos com relação à presença de fungos em ambientes climatizados.

Isso porque muitos desses microrganismos podem ser causadores de alergias e, dependendo da sensibilidade do indivíduo, podem trazer consequências mais graves à saúde.

Para que os fungos se multipliquem, eles precisam de condições favoráveis como: matéria orgânica disponível, temperatura e umidade adequadas.

Conheça alguns dos fatores que estão relacionados às doenças causadas por fungos em ambientes climatizados e saiba como evitá-los!

Existem diferentes espécies de fungos que podem sem encontrados nos mais diversos ambientes. Porém, nem todas as espécies são causadoras de alergias. Os fungos considerados patógenos e que mais comumente trazem risco à nossa saúde são:

– Alternaria, é um importante alergênico, conhecido também como agente causador de lesões cutâneas, ceratomicose, osteomelite, doenças pulmonares e infecções no septo nasal, geralmente causadas pela inoculação acidental do fungo.
– Aspergillus, como produzem grande quantidade de conídios pequenos, podem penetrar facilmente no sistema respiratório, podendo causar infecções em indivíduos susceptíveis.
– Cladosporium pode causar uma série de diferentes infecções superficiais, subcutâneas ou em casos de indivíduos imunossuprimidos, pode chegar a casos de infecção sistêmica ou disseminada.
– Fusarium, uma grande variedade de manifestações clínicas podem ser causadas por esse fungo, dentre elas ceratite, micetomas, onicomicoses e fomas cutâneas. Estas manifestações podem atingir tanto os tecidos superficiais quanto profundos, em casos em que o indivíduo esteja imunossuprimido.

Além de outras espécies, incluindo algumas leveduras como a Candida e Rhodotorula.

Os sintomas de alergia mais comuns variam entre espirros, coceira, vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, congestão nasal e tosse. Porém, para indivíduos mais susceptíveis ou com o sistema imunológico comprometido, a exposição constante aos fungos presentes no ar, pode desencadear ou mesmo agravar quadros de doenças respiratórias.

Para evitar doenças causadas por fungos é preciso combater as fontes de contaminação.

Eliminar esses fatores torna-se primordial, a limpeza de filtros e a manutenção de equipamentos têm como principal função, eliminar qualquer material orgânico que possa estar presente em tubulações e filtros. Além disso, também auxilia no funcionamento do equipamento, evitando assim, variações de temperatura no ambiente.

Outras medidas recomendadas são a substituição de vasos de plantas, a utilização de filtros de ar G-1, que tornam o processo de renovação do ar em ambientes climatizados mais eficiente, retendo potenciais fungos causadores de doenças, controle de umidade e infiltrações.

Locais onde as medidas recomendadas devem ser mais intensificadas, como é o caso de hospitais, salas de cirurgias e outros ambientes estéreis, a utilização de filtros mais potentes, que evitam com maior eficácia a proliferação de fungos, como o filtro A3, também podem ser adotadas.

Em ambientes públicos, a análise e o controle do ar são necessários para verificar a quantidade de microrganismos e consequentemente a eficácia na eliminação de fontes de contaminação, evitando doenças causadas por fungos.

A regulamentação sobre fungos em ambientes climatizados é rígida.

A Resolução 09 da ANVISA é a principal norma que regulamenta a qualidade do ar em ambientes climatizados. Segundo esta norma, a presença de fungos em ambientes climatizados deve ter um Valor Máximo Recomendável de contaminação microbiológica de 750 ufc/m³ de fungos, e a relação I/E deve ser < 1,5, sendo que “I” é a quantidade de fungos no ambiente interior e “E” é a quantidade de fungos no ambiente exterior. Ocasiões em que os valores excedam o limite de 1,5 a Resolução RE 09 ANVISA, determina que é necessária a avaliação de potenciais fontes de contaminação, especialmente o controle de vazamentos de água, o que pode causar umidade excessiva, além de avaliar os métodos de limpeza do ambiente.

A falta da realização periódica de análise da qualidade do ar e o descumprimento dos padrões determinados pela norma podem gerar multas e penalidades para empresas e locais públicos que possuem ambientes climatizados.

RESOLUÇÃO-RE Nº 9, DE 16 DE JANEIRO DE 2003

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