Locais com grande volume e circulação de pessoas, como é o caso das empresas, precisam de alguns cuidados para evitar determinados poluentes no ambiente. Garantir práticas internas que assegurem principalmente a qualidade do ar interior e um ambiente saudável para colaboradores é fundamental. Afinal, são medidas como estas que promovem mais saúde e produtividade para qualquer organização.
A Resolução 09/2003 da ANVISA é a principal norma que regulamenta a qualidade do ar interior em ambientes climatizados. Empresas e demais organizações devem utilizá-la como parâmetro para fazer o controle de poluentes e evitar penalidades durante uma eventual fiscalização.
1. Asbesto
O asbesto ou amianto é a principal matéria prima de telhas e materiais de construção. Devido à sua toxidade e por ser o agente causador de doenças graves como a abestose, mesotelioma e câncer de pulmão, a substância foi proibida em diversos países do mundo. No Brasil, somente 6 estados proíbem o uso dessa substância. Empresas que ainda possuem telha de amianto devem substituí-las por outras. Além disso, é recomendável que se evite o uso de materiais contendo a substância.
2. Formaldeído
Presente em materiais de acabamento, colas, mobiliário e produtos de limpeza, o formaldeído pode causar irritações na garganta, olhos e nariz, além de estar relacionado com diversos tipos de câncer. O ideal é que a empresa evite qualquer produto que contenha essa substância para preservar a saúde de seus colaboradores.
3. Fumaça de cigarro
A fumaça de cigarro pode causar diversos problemas respiratórios, incluindo pneumonia, bronquite, enfisema, câncer de pulmão, entre outros. Nas empresas, o ideal é reservar áreas específicas para fumantes, além de promover a renovação constante do ar.
4. Microrganismos
A higienização inadequada dos sistema de climatização e a má renovação do ar interior favorece a proliferação de diversos agentes causadores de doenças como vírus, bactérias, fungos, entre outros micro-organismos. Para garantir a saúde dos colaboradores, é preciso promover a constante limpeza e a renovação de ar, além de monitorar o nível de humidade e a quantidade de micro-organismos presentes, para que não ultrapassem os limites dispostos na Resolução 09/2003 da ANVISA.
5. Dióxido de Carbono (CO2)
O gás carbônico é produzido a partir da queima de combustíveis, mas também pelo próprio ser humano através da sua respiração que no caso expele o dióxido de carbono. Quando em excesso nos ambientes fechados, o dióxido de carbono causa sonolência, dores de cabeça e dificuldade de concentração.
A própria Resolução 09/2003 da ANVISA, que regulamenta os padrões de qualidade do ar interior em ambientes climatizados, determina que nesses ambientes os níveis de dióxido de carbono não devem exceder 1000 ppm.
6. Monóxido de Carbono (CO)
O excesso de monóxido de carbono no ar pode causar náuseas, tonturas, fraqueza, confusão mental e dores no peito e de cabeça.
Nas empresas, é fundamental que se cuide para manter a captação do ar exterior com uma baixa concentração desses poluentes. Além disso, é importante restringir as fontes de combustão, contar com exaustores em áreas onde ocorre a queima e restringir o cigarro em áreas fechadas. A circulação de ar também pode ser uma boa alternativa para minimizar a concentração de CO no ambiente.
7. Ozônio (O3)
O ozônio dentro do ambiente das empresas decorre principalmente das máquinas copiadoras e impressoras a laser. O ozônio em altas concentrações pode provocar irritação nos olhos e vias respiratórias, diminuir a capacidade pulmonar e até intensificar problemas cardiovasculares.
Nas empresas, é essencial adotar medidas específicas com relação ao uso desses equipamentos. A inclusão de exaustores no ambiente e a alocação exclusiva em ambiente próprio são boas práticas.
8. Material particulado
Poeira e fibras presentes no ar também são poluentes que podem trazer impactos negativos ao ambiente da empresa. Problemas respiratórios, como alergias e rinites, podem ser causados por excesso de material particulado, além de problemas cardiovasculares. Mais do que higienização permanente do ambiente e do filtro do ar condicionado, é importante escolher mobiliários e pisos que evitem o acumulo de poeira e a geração desse poluente.
Esses são apenas alguns dos poluentes presentes no ambiente da empresa que prejudicam a qualidade do ar interior. Desde a edição da Resolução 09/03 da ANVISA, a fiscalização dos órgãos competentes vem aumentando, causando penalidades e transtornos para empresas. Além de adotar boas práticas para evitar a poluição do ar, é fundamental investir em análises de ar periódicas. E, claro, apostar no monitoramento, garantindo assim a saúde dos ocupantes deste ambiente.